30 maio 2015

Ianê Entrevista [4ª Edição]

Olá pessoal! Mais um mês se passou... E como combinado, no último sábado do mês tem? Ianê Entrevsita! 

Pra quem não sabe até hoje (risos) do que se trata, saiba AQUI. Leia as edições anteriores, AQUI, conheça a Janayna que mora no Peru , AQUI, conheça o Osvaldo que mora na Bélgica e AQUI, a Raiene que fez intercâmbio na África do Sul.


Hoje vocês vão conhecer o Wandry e um pouco do seu intercâmbio nos Estados Unidos.
Vamos lá?

Nome:
Wandry Rodrigues

Idade:
20

Em qual país e cidade está fazendo intercambio?
Estou em Stony Brook, uma cidadezinha minúscula em Long Island. Fica perto de New York City. A cidade é composta básicamente pela universidade, atravesse a linha de trem que separa a faculdade da cidade, ande uns 5~10min e você já mudou de município.

Nome da faculdade e curso.
Estou cursando Engenharia Elétrica no Instituto Federal de Goiás, atualmente em intercâmbio na State University of New York at Stony Brook.

Como foi a escolha desse país?
Como estudante de engenharia, meus olhos sempre brilharam só de ouvir “Alemanha” e com certeza o sonho ainda é, em algum momento, ir pra lá. No entanto, quando tive a oportunidade de participar do programa de intercâmbio pesei os seguintes fatores:
1)      Eu ainda não falo alemão;
2)      Eu não sabia como funcionava o sistema acadêmico alemão e temia algo muito específico, quero dizer que, apesar de eu ser apaixonado pelo meu curso, a idéia de interdisciplinaridade me chama muita a atenção e eu sabia que encontraria isso nos Estados Unidos.
3)      O intercâmbio não é formado só de conhecimento acadêmico, eu acreditava que a oportunidade de conhecer outras culturas seria muito bom para meu crescimento pessoal (e olha, nunca estive tão certo).
Baseado nesses três pilares eu escolhi os Estados Unidos e devo admitir que a experiência tem sido melhor que o imaginado.

Por qual agência/sistema você foi? (Descreva sua experiência, “fale da parte burocrática do processo”)
Eu vim pelo Ciência sem Fronteiras, um programa do governo federal. O processo é beeeeeem demorado como era de se esperar. Os primeiros requisitos, que também são utilizados para classificar os candidatos, são:
1-      Ter entre mais de 20 e menos de 90% do curso completo (preferência pra quem tem maior porcentagem).
2-      Ter coeficiente de rendimento (média) na faculdade maior ou igual a 6.
3-      Ter média no mínimo 600 no ENEM (não sei como funciona pra quem nunca fez ENEM)
4-      Ter nota mínima exigida pelo edital no TOEFL (no último edital foi 520 no itp -escrito-, não lembro quanto no ibt-online- )
Caso você precise, dependendo do país de escolha o governo te dá direito a fazer uma prova do TOEFL grátis.
Assim que saiu essa pré-aprovação, se não me falha a memória, me pediram pra fazer a inscrição no grantee do IIE (Institute of International Education). O IIE é o órgão responsável pelos bolsistas do CsF nos Estados Unidos, eu não lembro certinho dessa parte então acredito que foi bem tranquilo, mas a etapa seguinte é a que eu nunca vou esquecer!
Se alguém que está lendo pretende tentar o CsF não faça como eu, assim que tiver a pré-aprovação já se preocupe em se preparar para preencher o CoA (Common Application), um documento que você preenche online. Nele vão te perguntar seus objetivos pro intercâmbio de uma forma muito específica, perguntam até quais matérias você pretende fazer no exterior. Nessa parte também te dão a opção de escrever três universidades para as quais gostaria de ir e explicar o porque. Se eles julgarem que seu perfil bate com a universidade e você tem nota no TOEFL o suficiente pra ser aceito pela universidade a chance de você ser aceito nela existe, então se realmente quer ir pra uma universidade específica, SAIBA TUDO DELA, SONHE COM ELA, SAIBA A GRADE DO SEU CURSO LÁ E MAIS IMPORTANTE: DEIXE TRANSPARECER NO SEU CURRÍCULO E EM TODOS OS TEXTOS QUE VAI TER QUE ESCREVER A SUA SEMELHANÇA COM A UNIVERSIDADE DOS SEUS SONHOS!
CoA feito? Tenho duas notícias: a boa é que a parte trabalhosa acabou, a ruim é que agora você vai esperar muito! Nada mais depende de você agora, essa é a parte da análise curricular, é agora que pesquisa, monitoria, artigos, participações em congressos e todas essas coisas te ajudam.
Currículo aprovado, agora espere mais ainda até chegar o seu ToA (Terms of Appointment). Esse documento fala qual vai ser sua universidade, quando começam e terminam suas aulas, nome e contato da sua advisor na universidade, etc. A partir do momento que você recebe o ToA significa que você foi mesmo aprovado, antes disso tudo é incerto e é por isso a espera entre CoA e ToA é tão ruim. Depois disso você recebe um email dizendo o dia de tirar o seu visto na capital de sua escolha. Daí é só aproveitar batante seus últimos dias de Brasil e partir.

Quanto foi o investimento?
O intercâmbio em si não teve custo pra mim, as coisas que precisei pagar do meu bolso foram passaporte, visto e o deslocamento pra conseguir os documentos citados.

Está aí desde quando e ficará até quando?
Cheguei em Julho de 2014 e volto em Agosto de 2015.

Intuito do intercambio?
Não tive um objetivo muito específico pra fazer o intercâmbio, tive a oportunidade, sabia que melhoraria meu inglês, me faria crescer academicamente, me daria a oportunidade de conhecer outras culturas, pessoas e lugares e por isso aproveitei.

Conte sobre a hospedagem. (Mora sozinho, com mais alguém, quem? Na faculdade mesmo? Apartamento? Enfim... Heheh)
O meu programa de intercâmbio me hospeda na faculdade mesmo. Hoje moro num apartamento com mais 5 pessoas divididas em 4 quartos.
Aqui no meu campus ainda morei em um prédio que não é formado por apartamentos. Esse outro prédio é o padrão geralmente mostrado em filmes americanos, você mora em um quarto sozinho, com uma ou até duas pessoas e todo o resto (locais de estudo, tv, cozinha, banheiros) é compartilhado com o prédio todo. Uma curiosidade é que todo calouro é OBRIGADO a morar em um prédio assim por pelo menos um ano, isso pra forçá-lo a conhecer e se dar bem com outras pessoas.

Sobre a faculdade.
Fisicamente a Stony Brook University (SBU) é ENORME! Antes de viajar eu tinha um aplicativo no telefone e via pelo mapa que parecia ser grande, mas chegando aqui me assustei. A estrutura oferecida é incrível. E quando digo estrutura não me refiro apenas a laboratórios e outras coisas que favoreçam o crescimento acadêmico. A universidade tem de tudo! Academia, programas de recreação, clubes que variam de praticantes de arco e flecha até praticantes de bambolê. O objetivo é tornar o local agradável, afinal você literalmente vai morar na faculdade.
Academicamente SBU também é muito reconhecida, já encontrei até comparações dela com a IVY League que tem universidades como Yale, Harvard, Princeton e University of Pennsylvania. Descobri que muita coisa que utilizamos hoje foi criada aqui, por exemplo o primeiro leitor de código de barras. A universidade é muito forte em medicina e ciência da computação e eu encontrei a interdisciplinaridade que queria.
Andar por SBU é algo no mínimo imprevisível. O campus tem MUITAS áreas de mata então é NORMAL um cervo simplesmente atravessar a rua (sim, aquele animal que no Brasil a gente vê de longe e correndo), coelhos e esquilos por TODOS os lugares e ainda os patos que só aparecem pra você saber que a primavera já chegou (no inverno eles somem). Ainda tem o fator pessoas, você encontra asiáticos, europeus, latinos, se existe algum país no mundo provavelmente existe um representade dele aqui haha. Uma vez estava com alguns amigos saindo de um jogo, na volta pra casa resolvemos passar em um dos refeitórios para jantar e encontramos um casal que, percebendo que éramos brasileiros, quiseram saber mais sobre o país. “Vocês são ótimos embaixadores, sabem mostrar seu país e noto orgulho quando falam dele” essa foi a frase final do rapaz. Conhecer novas culturas e mostrar a nossa, esse era um dos meus objetivos quando vim pra cá, depois desse dia passei a considerá-lo completo.

Agora explica como é seu dia-a-dia aí pra entendermos d i r e i t i n h o.
Bom, minha rotina aqui se divide em pelo menos três etapas. Na primeira parte, a parte do curso intensivo de inglês, tivemos aula de segunda a quinta das 9 às 12h daí a gente saía correndo da aula e tentava reunir todos os brasileiros no único restaurante que ficava aberto na época, corríamos de volta pra sala e a aula continuava das 13 às 17h. Tenho que admitir que esse foi o período mais puxado, todo dia tinha muita coisa pra fazer, mas era muuuuuuito legal! Conheci muitos alunos de intercâmbio, melhorei meu inglês DEMAIS. No verão, que foi quando fiz o intensivo, muita gente de todo lugar do mundo vem fazer curso de inglês aqui ainda que não vão continuar como alunos da universidade, por isso nesse período a própria universidade promove uns passeios em NYC, algumas idas em restaurantes e praias, enfim era só organizar com antecedencia que o transporte era providenciado.
Depois do intensivo comecei a ter aulas do meu curso mesmo, aqui você seleciona sua grade baseado nos seus horários de disponibilidade. É normal você organizar sua agenda pra não ter aula em algum dia da semana então não dá pra generalizar horário das pessoas. No meu primeiro semestre eu tive aulas todos os dias da semana, mas como eu tenho limite da quantidade de créditos, só fiz 4 matérias (nessa época eu tinha só 1 aula por dia). O que dizem sobre laboratórios das universidades americanas é, em geral, verdade. Ter tecnologia de ponta e acesso a quase qualquer tipo de equipamento tem seus pontos positivos e negativos. É claro que esses fatores contribui com o interesse e desenvolvimento dos alunos, mas também afeta a capacidade de solução de problemas de formas alternativas, a criatividade genuinamente brasileira tem feito muita diferença por aqui. A rotina era bem traquila, como as aulas só começavam depois das 13h eu podia acordar mais tarde, comer e depois ir pra aula. No segundo semestre, por causa das matérias que escolhi cursar, meu horário ficou ainda mais estranho. Tinha aula na segunda a noite, terça e quinta o dia todo e pronto. No primeiro semestre eu tinha medo de não aguentar o rítmo das aulas, primeiro pelo idioma, segundo por realmente não saber o nível dos aulos e dos professores e por isso evitei as matérias de nível de dificuldade maior. No segundo semestre eu tinha perdido boa parte desse medo, peguei as matérias que eu queria pegar independente do nível delas. Foi mais pesado que o primeiro semestre, mas deu certo no final haha
Antes do término da segunda etapa, comecei a procurar algum professor interessado em desenvolvimento de pesquisa. Encontrar professores não era difícil, o problema é que boa parte deles procuravam por alunos com cidadania americana. Eventualmente encontrei um professor num campo de pesquisa bem legal, inclusive relacionado com a linha que eu seguia no Brasil, que me aceitou como aluno de pesquisa. Estou começando agora a terceira e última etapa do intercâmbio: o estágio (no meu caso pesquisa). Como ainda não concluí, não sei como será até o final. Até agora, desenvolver pesquisa aqui tem sido igual no Brasil. Encontros semanais para apresentação de resultados e para definir os próximos passos.

Sobre as dificuldades.
Então, sobre dificuldade eu podia falar comida mas acredito que o pior pra mim foi choque cultural mesmo. O jeito das pessoas de agir era muito diferente e, não que eu julgasse errado, era só diferente do que eu estava acostumado. Eu me espantava com coisas muito pequenas, se existe um lugar vago em um ônibus, por exemplo, é normal alguém que acabou de entrar não se sentar nele. Eu não me acostumava com isso de forma alguma, até que um dia eu me peguei fazendo o mesmo e entendi que não tinha problema nenhum, a pessoa só não queria sentar. A forma de conversar é diferente, algumas coisas que em português seria algo rude em inglês é super normal e vice-versa.
O engraçado é que o fator dificuldade nunca deixa de existir, ele só muda. No começo eu tinha essa dificuldade em entender o comportamento do pessoal daqui. Quando você para de ter isso significa que você é agora parecido com eles, muitas expressões minhas hoje vem do inglês e daí a dificuldade agora é pra voltar a me encaixar no português.

Foi difícil se adaptar com o inglês?
Antes de sair do Brasil todos os alunos do programa fizeram o TOEFL (Test of English as a Foreign Language) e atingiram uma nota mínima estipulada pelo edital. A gente saiu achando que seria complicado, mas nada de outro mundo. Quando chegamos é que descobrimos que não sabíamos nada! O nosso nível de inglês não era ruim, mas tem muita coisa que é chato de se acostumar. Um exemplo que pra mim foi muito válido é com comida. Em português você sabe o nome de todos ingredientes então perguntar “o que vai em tal prato” resolve sua dúvida se tem algo que você não gosta pra evitar, mas e em inglês? Quando cheguei aqui eu sabia conversar com pessoas, mas meu vocabulário com comida era muito fraco. Até aprender o que não gostava, comi muita comida que não queria hahahaha
Um fato muito legal que reparei numa outra entrevista sua com uma intercambista e se assemelha muito com o que passamos aqui é a união que os brasileiros criam. Todos nós tínhamos nossas dificuldades no início, não era permitido uma palavra que não fosse em inlgês, os costumes das pessoas eram muito diferentes dos nossos, mas desde o começo os brasileiros se ajudaram e não demorou até todos passarem a se considerar família talvez por isso nossa adaptação, não só com o idioma, foi mais tranquila.

Passou por situações engraçadas e/ou constrangedoras? Se sim, conta pra gente!
Essa história vai surgir toda vez que perguntarem de algo engraçado pra qualquer pessoa que fez intercâmbio comigo haha Apesar de não ter acontecido comigo, acho válido porque hoje conseguimos olhar pra trás e falar “nossa, como melhoramos”.
Diferente do Brasil, aqui a idade mínima para comprar bebida álcoolica é 21. Todos nossos professores do inglês falaram isso mil vezes, mas é claro que o bicho brasileiro não ouve. Enquanto nossas festas eram em casa tudo bem, o problema foi quando resolvemos ir para Port Jefferson, uma cidade vizinha. Lá um amigo, menor de idade claro, resolveu beber. Pediu pra um amigo maior de idade comprar e foi beber cerveja atrás de uma igreja (aaaah, mais um detalhe: nos Estados Unidos é proibido mostrar bebida álcoolica na rua, mesmo se você for maior de idade). Como ele tinha muita sorte, a polícia passou, viu ele bebendo e foi tirar satisfação. A coisa fica engraçada agora porque ele tinha acabado de chegar e não falava QUASE NADA em inglês. Ele foi convocado a comparecer no tribunal por causa disso, e quando chegou a data ele ainda não falava muito em inglês. A única coisa que ele aprendeu pra falar pro juiz foi “I’m guilty” e repetia isso o tempo todo. O juiz até tentou ajudar ele “Mas você acabou de chegar nos Estados Unidos né? Não sabia de nada disso, certo?” o detalhe é que ele não entendia isso e continuava repetindo “No, I’m guilty”, no final ele teve que pagar uma multa e ficou com mais uma história pra contar toda vez que perguntarem sobre o intercâmbio.

O que mais marcou até o momento?
O que mais marcou até agora é a ligação que os brasileiros conseguiram criar em tão pouco tempo. Talvez porque passamos a depender muito uns dos outros, afinal uma coisa é morar 500km longe da família outra coisa é ir parar meio globo de distância sabendo que vai demorar um ano pra voltar. Quando a ficha cai que não está voltando pra casa no fim de semana é muito importante ter gente por perto, aqui isso aconteceu sem que nenhum de nós percebêssemos. Ninguém sabia dos problemas de ninguém, mas todos estavam sempre juntos e isso de alguma forma fez o tempo passar mais rápido, e os momentos de alegria durarem o intercâmbio todo. Com o início das pesquisas, muitos brasileiros estão indo pra outras universidades e só agora, que precisamos nos despedir sabendo que só talvez nos encontraremos no Brasil, estamos vendo que o laço criado é muito forte. Uma vez quase todos nós saímos dos Estados Unidos a passeio e um amigo nosso estava com o visto quase vencendo, marcamos a volta pra antes do visto dele expirar e fomos. O problema é que o visto dele foi cancelado antes da hora e ele não podia mais entrar nos Estados Unidos nem tendo a passagem pro Brasil já comprada e no país que estávamos não tinha voo direto pro Brasil. Em resumo, não tinha como ele voltar pros Estados Unidos e nem pro Brasil. Lembro que juntaram todos os brasileiros, pegamos comida escondido no navio pra levar pra ele, conseguimos falar com o embaixador do Brasil em Bahamas, abrigamos o nosso amigo na casa dele e resolvemos uma forma de fazer ele voltar pro Brasil. Não tinha nem 4 meses que conhecíamos o rapaz e ainda assim todos se desdobraram a esse ponto.
É até engraçado falar isso, mas eu precisei sair do Brasil pra entender que eu não sei nada do meu país. É complicado saber que você conhece mais lugares nos Estados Unidos que no Brasil. Precisei sair pra enxergar o quanto tenho orgulho, apesar de tudo que acontece, de ser brasileiro. Quando cheguei aqui a soma de brasileiros no campus ultrapassava 100, e de cada um deles eu aprendi um pouquinho. Estou voltando pra casa muito diferente de quando saí e sabendo que vou ter que ir em cada canto do meu país pra ser modificado mais um pouquinho.

Fotinhos:


Essa aqui é a SBU. Como tinha dito, ela tem muito verde haha Ainda tem muita coisa dela sem mostrar, tem os estágios, as academias, muitos prédios de aula, muitos refeitórios, mas dá pra ter uma ideia que é um campus muito bonito.

Essa aqui é uma parte da família SBU que ainda está aqui. Mesmo juntando as duas fotos ainda faltam alguns brasileiros. Meus veteranos já voltaram pro Brasil e não tenho uma foto com todo mundo então a deles eu fico devendo.

Essa aqui representa bem como foi meu intercâmbio. Isso é só mais um dia normal: uma galera se reúne na casa de alguém, janta, conversa, ri, esquece os problemas que tem na faculdade ou a saudade que sente de casa e depois cada um volta pra sua casa pra repetir no dia seguinte.

Porque vir pra NY só conta se você pegar uma nevasca histórica. Não lembro certinho quando foi, mas no começo desse ano teve uma das piores nevascas dos últimos tempos na região de NYC. Disseram que a região mais afetada seria Long Island, e é claro que eu tinha que estar aqui hahaha A previsão era de até 1m de neve e ventos de 100km/h, lembro que um dia antes de começar a nevar fui comprar comida pra estocar em casa (todos os alunos receberam email para fazer isso) e já não tinha quase nada de comida no campus.


Essa foi a Roth Regatta, um evento anual da faculdade. Os alunos constroem barcos feitos apenas com papelão e tentam atravessar um lago. Eu admito que não esperava que fosse tão movimentado! São vários competidores, muitos barcos, inúmeros expectadores e um clima muito legal. Ah, mais uma coisa, todo ano os barcos tem que seguir um tema e dessa vez foi ficção científica. É claro que nós fizemos o pérola negra do piratas do caribe e, olha, fizemos bonito haha

Como disse antes, eu acredito que conheço mais lugares nos Estados Unidos que no Brasil. Essa foto aqui foi tirada foi no Cape Canaveral, Flórida. É uma base de lançamentos da NASA que você pode ir fazer um tourzinho. Além da aula sobre história do homem conquistando o espaço, com aquela clássica dose de patriotismo norte americano, você vê modelos em tamanho real e bem de perto da Atlantis e da Apollo 11. Com certeza foi um dos passeios mais legais que fiz aqui.

Com essa galera eu conheci não só os Estados Unidos. A primeira foto foi em Bahamas e a segunda foi no México. O engraçado é que quando cheguei no México que descobri que sei menos de espanhol que inglês hahaha A gente até entendia o que eles diziam, mas parece automático: qualquer pergunta que não seja feita em português é respondida em inglês haha

Sem sombra de dúvidas, o lugar mais bonito que já vi! O Grand Canyon, além de uma vista maravilhosa, é cercado de significados místicos pra muitos americanos (como era para os navajos). Quando tive a oportunidade de ir no Arizona não achei que seria tão incrível. Gosto de NYC, mas é normal o pessoal das grandes metrópoles sofrer mais com stress e ser mais frio também, isso acontece no Brasil e acontece em qualquer outro lugar. No Arizona consegui encontrar pessoas mais calorosas, até o momento foi o estado que mais gostei. Também tive a chance de percorrer a histórica Route 66, meu Deus... tem muita coisa bonita naquela estrada deserta, vale muito a pena.

Vegas, cidade que dispensa introduções, a cidade de uma rua só. Em Vegas existe uma torre chamada Stratosphere, de lá dá pra ver a cidade toda e aí que eu fiquei mais intrigado: Las Vegas é uma cidade erguida no meio do deserto. Saber disso eu sabia, mas ver é diferente. Achei muito legal reparar que não existe absolutamente NADA além de montanhas ao redor da cidade.

Então, vou ficar devendo muita foto, muito vídeo, muita história. Estava muito certo quem disse que intercâmbio não é uma parte da sua vida, é uma outra vida num curto período de tempo. Em quase um ano aqui cresci muito mais do que acreditei que cresceria na vida toda, é realmente uma experiência incrível. Se alguém tiver alguma dúvida, quiser algum detalhe sobre o programa, as fotos/vídeos/histórias que eu fiquei devendo, é só me contatar haha

facebook.com/wandry.rodrigues


É isso aí gente... Quem AMOU levanta a mão o/ rsrs.
Muuuuuuito obrigada Wandry, por compartilhar tantas coisas bacanas.. Terminei de ler e fiquei com mais vontade ainda de fazer um intercâmbio. \o/

Beijinhosssss

Comentários
4 Comentários

4 comentários:

  1. Que legal!!! Além de tudo muito informativo! *--*

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  2. Adorei a entrevista, ajudou a ter uma ideia de como funciona o intercâmbio e tudo mais. Amei! <3
    beijos.
    http://amandatelo.com/

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    1. Que bom que gostou Amanda! Obrigada pelas suas visitas!
      Beijinhosssss

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